Jornalismo

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sábado, 28 de abril de 2012

Denis Burgierman

No dia 25/04 foi realizado no auditório da Livraria Cultura uma palestra ministrada por, Denis Burgierman, autor do livro ''Fim da Guerrra''. Foram abordados assuntos como drogas e seus reflexo na sociedade.
Denis, disse que o tema drogas foi por muito tempo proibido e até hoje é encontrado apenas em editorias policiais, um tema bastante complexo e que por muito tempo foi reprimido pela sociedade e políticos.
No ano de 1971, o presidente dos Estados Unidos declarou guerra contra as drogas, uma atitude um tanto ousada que trouxeram reflexos até hoje na maneira de pensar da nossa sociedade.
A maconha não é algo de agora, os escravos já a fumavam. Esse assunto ainda é tabu em qualquer cultura do mundo, pois a política adotada foi da repressão, causar pânico nas pessoas com imagens chocantes e usuários presos. A guerra contra a maconha foi comprada por muita gente bem intencionada, mas a maneira em que a trataram não foi eficiente. Usaram o medo pra afastar a população dela, que de fato não funcionou, o que deveria/deve ser feito é a população/mídia/governantes procurarem outros meios racionais. Visto que, declarar guerra não acabou e tão pouco diminuiu o número de usuários pelo contrário,  o aumento foi significativo a ponto de perceber esse método antigo não está dando certo. 
Não vemos personalidades como a presidenta ou algum ministro expor sua opinião, contra ou a favor e porque. Quando alguém tenta expor é banalizado pela imprensa como ''maconheiro''. Pensamento bastante pequeno para um país que se diz ter liberdade de expressão. Pouco sai na imprensa a respeito, é o que chamamos de pão e circo, o assunto é contornado por escândalos de corrupção que já virou prato do dia.. A imprensa está refém desse modelo político, a sociedade é dependente dessa forma de pensar. A polícia se torna vitima, obrigada a prender o usuário e sendo feito o ato é visto como heroico, analisando o fator econômico o Brasil não tem como manter todos os usuários presos, pois, a situação já está bastante precária as celas com número de detidos além do que pode suportar. 
Essa política do silêncio repressão mostrou que não está com nada, estamos na era da informação acessível a todos, o que quisermos descobrir temos nos livros, internet a informação ao nosso alcance, diferente da época da ditadura em que grupos se reuniam escondidos para ler livros e se informar, não é atoá que grandes profissionais foram formados naquela época, pois, buscavam a informação, tinham sede dela. Estamos em outra era. A liberdade de expressão ainda não está 100%, mas, estamos bem próximos dessa realidade. É tempo de mudar o discursos a temas de extrema importância como a maconha, reunir, conversar com pessoas de mente fechada, uma nova narrativa, extrair a ideia do ''doidão'' e divulgar boas práticas. O discurso está permeando aos poucos, porém, ainda é sentindo um certo receio. A América Latina tem se tornado mais violenta e aponta o Brasil como o país com maior número de assassinatos. 
Denis, viajou a vários lugares do mundo que estão tentando práticas  novas diferente da repressão e observou que não existe uma medida certa, cada país deve se ater para seus problemas e estudar uma medida diferente e coerente. A discussão sobre drogas é mergulhada em moral, o fato de se posicionar contra a atual política já te faz um desqualificado e julgado pela sociedade e mau visto. A sociedade é dependente da política da guerra contra as drogas. Os políticos não estão preocupados com o que é melhor para o Brasil. Cuidar de uma pessoa é mais viável em questão econômica e tem uma diferença fundamental, cuidar ás vezes funciona prender nunca funciona. Ele cita o exemplo de Portugal que não regulamentou nenhuma droga, a política adotada foi dar sentido, criou-se uma política justa e coerente e que funciona, pontua.
 Denis acrescenta que o Brasil tem pessoas competentes, basta pesquisar e não copiar o que deu certo em Portugal, Holanda entre outros. Cada país é diferente, então é hora de nos adaptar e criar estratégias que fluirão e podem vir a dar resultados positivos e as pessoas tirarem da cabeça o pressuposto que o governo tem que resolver tudo e procurar eles mesmos mudarem o cenário a Califórnia por exemplo criou uma maneira eficaz para combater esse problema sem ajuda do governo, apenas mobilizando a sociedade. É hora da sociedade acordar deixar os estereótipos de lado e ater ao problema atual enfrentado 

                                                                                          Foto: Lucas Alencar

terça-feira, 3 de abril de 2012

Em palestra Ministro Marco Aurélio defende diploma dos jornalistas

No dia 26/04 o ministro, Marco Aurélio Mello, foi a instituição de ensino, Centro Universitário Unieuro, convidado a participar de uma palestra que administrou e respondeu perguntas pautadas pelos estudantes.
Marco Aurélio defendeu a questão do diploma dos jornalistas e disse ser indispensável a preparação profissional para exercer a função, questão que está tramitando e segundo ele tem chance de obter uma resposta positiva.
Afirma que a formação e qualificação é de extrema importância. ''Não são passados creio eu 4 anos em uma faculdade para ouvir simplesmente abobrinhas, os 4 anos implicam aperfeiçoamentos, e o aperfeiçoamento é indispensável em alguns exercícios profissionais'', pontua.
Muitos assuntos foram abordados, por conseguinte a história da TV Justiça. ''Foi um sonho e ousadia, porque o colegiado da época era contra'', afirma. Quando o projeto estava apenas tramitando, Aurélio conseguiu apoios importantes como do deputado ''Chiquinho Feitosa'' como relator, presidente da Câmara Aécio Neves e no Senado o relator Lúcio Alcântara''.
Sem experiência, foram em busca de apoio para entrar no ar e conseguiram com a fundação Padre Anchieta e a TV Cultura. O ministro deixou um recado para os estudantes. ''Quando se acredita em alguma coisa que é positiva se consegue realizar um sonho, com ousadia o implemento respectivo'', finalizou.
Participaram da palestra estudantes de jornalismo e direito.