Jornalismo

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quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Carlos Lacerda


Carlos Frederico Werneck de Lacerda, mais conhecido como Carlos Lacerda era jornalista e comunista, sua família tinha bastante influência na política. Cursou Ciências Jurídicas e Sociais na atual Faculdade Nacional de Direito da Universidade do Rio de Janeiro (UFRJ), participou de movimentos estudantis de esquerda, porém, abandonou o curso ao seu forte envolvimento com a política.
Lacerda tornou-se comunista assim como seu pai e tio que na época eram militantes do Partido Comunista Brasileiro (PCB). Carlos era um dos principais ‘’inimigos’’ do presidente Getúlio Vargas. Carlos assumiu o mandato de vereador e defendia a autonomia do Distrito Federal, idealizava a eleição direta para prefeito o cargo na época era o presidente da República, que nomeava o administrador. No ano de 47, renuncia o mandato. Com intuito de derrubar Vargas, uniu-se a militares golpistas e aos partidos oposicionistas União Democrática Nacional (UDB). Em 49, funda o Jornal ‘’Tribuna da Imprensa’’ e publica diariamente acusações referentes ao governo de Vargas.
Porém, em 5 de agosto de 1954 Lacerda foi vítima de atentado a bala na porta do prédio onde morava. No atentado morreu o major da Aeronáutica Rubens Vaz que acompanhava para o proteger das ameaças que vinha sofrendo. Lacerda foi atingido de raspão em um dos pés, mas foi logo socorrido. Então acusou os homens do Palácio do Catete como mandantes do crime.
Com a morte do major Rubens a comoção pública obrigava o governo a estabelecer a IPM para investigar o atentado. Várias investigações foram realizadas e resultou à prisão dos autores do crime que confessaram envolvimento do chefe da guarda pessoal de Vargas.
Lacerda publicou um editorial na ‘’Tribuna da Imprensa’’ exigindo a imediata renúncia do presidente Vargas. Isolado politicamente e percebendo que integrantes de sua guarda pessoal estavam envolvidos no atentado, Getúlio suicidou-se com um tiro no peito. O anúncio da morte do presidente obteve uma grande repercussão e vários jornais do Rio ‘’quebraram’’ e Carlos Lacerda foi obrigado a permanecer escondido por quatro dias.

O futuro não é o que tememos. É o que ousamos. - CARLOS LACERDA.

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